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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Matéria da coluna "E por falar em cultura"- Jornal Domingo (Pouso Alegre)

Falando ainda sobre o Fórum Sul Mineiro de Cultura




          Cada Fórum Sul Mineiro de Cultura, realizado no Conservatório de Pouso Alegre, teve a sua importância relevante. No 1º. Fórum, que aconteceu em 2006, procurou-se realizar estudos e ações no sentido de identificar, preservar e promover a identidade cultural da região, com o apoio de instituições públicas e privadas.
          No 2º. Fórum tratou-se do Patrimônio Cultural material e imaterial da região. Surgiu um movimento para a criação de uma Associação Cultural que pudesse agir independentemente de qualquer gestão administrativa. Tratou-se também da importância da oralidade na transmissão da Cultura.
          O 3º. Fórum tratou da Industrialização da Cultura, ou seja, de como viver da Arte, e de como elaborar projetos culturais. Foi então criada a ACAJAL (Associação de Cultura e Arte José Antonio Lobo), com a finalidade de apoiar e desenvolver ações e projetos nas áreas social, cultural e artística, tendo como público alvo todos os segmentos culturais e artísticos.
          Já realizado pela ACAJAL, em parceria com o Conservatório e a Secretaria de Cultura, o 4º. Fórum teve a participação efetiva de cidades vizinhas, como Poços de Caldas, que apresentou seu Plano Cultural, sugerindo-se que esse fosse criado em nosso município, com participação mais efetiva dos agentes culturais em nossa cidade.
          E no 5º. Fórum, acontecido nos dias 24 e 25 de agosto deste ano, houve a participação de Agentes Culturais e de pessoas ligadas a Cultura, de outros municípios. Cada agente mostrou a vocação cultural da sua cidade, sendo proposto um circuito cultural entre as cidades.
          Muito resumidamente, tento deixar aqui registrada a importância de se discutir esses assuntos. Idéias novas são sempre bem vindas. Surgiram muitas, como a de se criar grupos de e-mails, para interação de todos os colaboradores; trabalho de sensibilização e formação comportamental com alunos e pessoas em Fóruns e eventos; solicitar à Secretaria de Cultura do Estado profissionais para capacitarem produtores culturais a realizar os projetos de captação de fomentos; realizar reuniões periódicas e itinerantes em municípios e instituições interessadas em promover cultura, objetivando levantar problemas e propor soluções. Estabelecer parcerias para Pontos de Cultura, trabalhar com Empresas com editais abertos, desenvolver grupos que dêem continuação ao processo educativo, também foram sugestões dadas.
          É necessário que municípios e instituições interessadas se manifestem. Afinal, tudo se tornaria bem mais fácil se a Cultura fosse tratada com mais atenção. E me pergunto: por que um assunto sério como esse, desperta tão pouco interesse? O desenvolvimento cultural de uma nação reverte diretamente na qualidade de vida dos cidadãos.
          As eleições vêm aí. Pouquíssimos candidatos tocam nesse assunto. Será que ainda acham que  Cultura é coisa de elite?



 (Regina Vilela é Professora aposentada do Conservatório de Pouso Alegre)
          
          

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